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Entrevista com a 1ª colocada para técnico no concurso do TRF 3

"Não precisa ser gênio, eu nunca fui nenhuma aluna acima da média, mas eu sempre fui uma pessoa dedicada e organizada. Acho que essas são as palavras de ordem: informação, método, dedicação e organização; assim você chega lá"

Ana Luiza Tibúrcio, aprovada em 1° lugar no concurso do TRF 3
Ana Luiza Tibúrcio, aprovada em 1° lugar no concurso do TRF 3 - Divulgação

Publieditorial
Publicado em 26/02/2020, às 14h56

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Confira a entrevista que o Estratégia Concursos realizou com Ana Luiza Tibúrcio, aprovada em 1° lugar no concurso do TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) para o cargo de técnico judiciário na área administrativa:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é? 

Ana Luiza Tibúrcio: Eu me formei em Direito no final de 2018, tenho 23 anos e sou de Belo Horizonte/MG.

EC: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

ALT: Durante a graduação em Direito eu nunca tive certeza sobre o que gostaria de fazer depois de formada, mas sempre gostei muito mais da ideia de trabalhar dentro da estrutura do Estado do que trabalhar em um escritório de advocacia. Quando eu estava no décimo período da faculdade, estava sem perspectivas de trabalhar na iniciativa privada, então comecei a pesquisar mais sobre concursos públicos para definir minha área de interesse e os métodos de estudo que utilizaria para começar essa jornada em 2019. 

EC: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso? 

ALT: Eu não trabalhei durante minha preparação, mas eu fazia uma segunda graduação no curso de Ciências do Estado. Foi fácil de conciliar porque eu já estava no final do curso (eu comecei junto com a graduação em Direito, só estava pegando algumas matérias que havia abandonado durante o curso), então só ia à faculdade 3 vezes na semana. 

Todo tempo livre que eu tinha eu estava estudando. Comecei com uma carga horária menor, mas no final já estava estudando de 6 a 8h líquidas por dia. Durante meus deslocamentos eu ouvia videoaulas e resolvia questões, estava sempre conectada com o mundo dos concursos.

EC: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?

ALT: Esse foi o primeiro concurso que eu realmente me preparei. Já havia feito o concurso de Procurador Municipal de Contagem/MG, em agosto de 2019, mas não estudei para ele especificamente, então não cheguei nem a passar para a segunda fase. Também fiz o concurso para Juiz Leigo do TJMG, em dezembro de 2019. Fui aprovada nas duas etapas, mas ainda está na fase de títulos, então não há classificação.

EC: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as)?

ALT: Eu demorei mais de 1h para entender que realmente havia sido aprovada, ainda mais porque era o primeiro lugar; eu não esperava mesmo! Eu estava achando que era uma lista de resposta dos recursos… tive que mandar para alguns amigos para me ajudarem a entender que era a lista de aprovados. Depois comecei a tremer, suar, quis vomitar, chorei, foram vários sentimentos juntos. A ficha ainda está caindo. 

EC: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

ALT: Eu levei o meu ano de forma mais tranquila, quase não saía em dias de semana, mas aos finais de semana vivia uma vida normal, até porque eu tinha uma carga horária muito grande disponível para estudar durante a semana, então não precisava sacrificar meu descanso nos finais de semana. 

Sempre pensei que aquilo que eu estava vivendo era uma preparação a longo prazo, uma maratona, então eu também tinha que aproveitar a vida durante a preparação, ou aquilo não seria exequível para mim. Sempre fui muito sociável, sempre gostei de sair, de encontrar os amigos, a família, então me deixava ter meus momentos de lazer sem qualquer tipo de culpa.

No pós-edital eu fiquei um pouco mais focada e abdiquei um pouco mais dos meus finais de semana para fazer simulados e treinar redação, mas mesmo assim não foi nada muito radical.

EC: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?

ALT: Durante a minha preparação eu estava namorando e ele também estuda para concursos, então isso facilitava muito nos estudos, porque entendíamos o momento de vida um do outro e compartilhávamos experiências. 

Eu moro com meus pais e eles me deram todo o apoio possível. Estudei em casa, então no começo houve alguns atritos por conta de barulho, das pessoas entrando no quarto o tempo todo, mas eu tive uma conversa e eles me entenderam e respeitaram muito meu espaço. Expliquei para eles que aquilo ali era meu trabalho agora (apesar de estar dentro de casa de pijamas), e que não poderia ser interrompida e nem assumir compromissos durante aquele período. Além disso, como eu não estava trabalhando, meus pais arcaram com todos meus gastos durante esse tempo. 

EC: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

ALT: Acho que vale a pena se há matérias em comum, sem que você precise ficar incluindo e excluindo muitas disciplinas do seu planejamento. O meu concurso dos sonhos é dentro do legislativo, seja como procuradora de alguma Assembleia Legislativa ou como analista da Câmara dos Deputados. Esses são concursos de alto nível que demandam um tempo muito maior de preparação e uma profundidade maior de conhecimentos, então penso que preciso continuar estudando e me aprofundando nas matérias para alcançar esse objetivo.

Penso que quando você já está dentro do funcionalismo público você tem uma estabilidade e uma tranquilidade muito maior para seguir em busca do seu objetivo final, sem aquela pressão natural que quem “só estuda” está acostumado. Decidi estudar para concursos “escada” porque eu não aguentaria passar 3, 4 anos sem trabalhar, dependendo do dinheiro dos meus pais e vivendo com essa sensação de estagnação.

EC: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovada? 

ALT: Eu comecei a estudar efetivamente em fevereiro de 2019 e nessa época estava focada na área fiscal. Quando saiu o edital do TRF 4 (em junho, se não me engano), comecei a incluir no meu cronograma as matérias que cairiam nesse concurso, que são as mesmas do TRF 3, pois já sabia que o edital também estava iminente. Então, de junho até o final de novembro eu estudei de forma direcionada para os TRFs, mas já vinha estudando para concursos desde fevereiro.

EC: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?

ALT: Sim, vide questão anterior. Eu pesquisei muito sobre o “mundo dos concursos” antes de iniciar minha preparação, então já estava ciente de que era praticamente impossível passar em um concurso iniciando a preparação após a publicação do edital. Eu levei meus estudos como se fossem um trabalho, até com mais afinco, porque tinha na minha cabeça que o tempo e esforço que eu despendia estudando estava se revertendo em meu próprio benefício.

Por muitas vezes não foi fácil, mas eu também assistia a muitos vídeos e seguia muitos professores e colegas no Instagram, para manter a motivação. A questão da disciplina nunca foi um problema para mim, sempre gostei de estudar e não me importava de ficar horas por dia fazendo isso, mas ao longo do tempo você vai se acostumando mais ainda, vai aumentando sua carga horária e sua qualidade de estudos também.

EC: Como conheceu o Estratégia Concursos? 

ALT: Como falei, pesquei muito sobre concursos antes de começar a estudar. Percebi que o Estratégia era um dos melhores cursinhos, tinha uma estrutura muito boa, uma organização exímia, professores excelentes e super dedicados.

EC: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

ALT: Mais de 90% do material que utilizei foram PDFs, só usava videoaula das matérias que tinha dificuldade, como Matemática e Contabilidade (quando eu estudava para área fiscal). Penso que como já tive contato com as disciplinas jurídicas na faculdade, eu não precisava de uma explicação inicial dessas matérias (algo que as videoaulas proporcionam).

Com os PDFs penso que há mais minúcia na explicação e maior retenção de conteúdo, além de maior rapidez de aprendizado e maior facilidade para fazer revisões. Com o passar o tempo fui incluindo questões comentadas e lei seca como métodos de revisão.  

No pós-edital eu escutava o áudio das videoaulas das matérias que tinha mais dificuldade ou que tinha menos tempo para estudar enquanto estava fazendo alguma atividade (preparando café da manhã, dirigindo, malhando, tomando banho e etc.).

EC: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?

ALT: Como estava me preparando inicialmente para concursos da área fiscal, comecei estudando Constitucional, Administrativo, Tributário, Português, Matemática e Contabilidade. Eu fiz um ciclo de estudos, no qual estudava 3 matérias em um dia e 3 no outro, em torno de 1h30 a 2h de estudo para cada disciplina. Por exemplo, segunda-feira eu estudava Constitucional, Tributário e Matemática, terça eu estudava Administrativo, Português e Contabilidade e assim por diante. 

Nas matérias em que eu lia PDF, eu grifava os pontos principais e na próxima vez que fosse estudar essa matéria eu relia os grifos que havia feito anteriormente antes de partir para o próximo assunto. Nas matérias que via videoaula eu fazia anotações da aula e relia na próxima vez que fosse estudar a matéria. Eu sempre fazia as questões do final dos PDFs e com o passar do tempo assinei um cursinho de questões, então à medida que ia avançando na matéria eu dividia o tempo de estudo entre a leitura do PDF e a resolução de questões.

Quando foi chegando no meio do ano, eu percebi que estava evoluindo bem em todas as matérias jurídicas e até mesmo em Matemática e Português, mas estava muito travada em Contabilidade. Eu fui percebendo que um concurso de auditor fiscal era um concurso de altíssimo nível e que eu demoraria muito para conseguir ser aprovada, ainda mais por conta das matérias que não tinham relação com minha área de formação, como Contabilidade e Auditoria. Então eu comecei a abrir minha cabeça para um “concurso escada” e percebi que me daria melhor estudando matérias de Direito. Então, parei de estudar Contabilidade e inseri Civil, Processo Civil e Previdenciário no meu ciclo, pensando no TRF 4 que havia soltado edital. 

A essa altura eu já havia zerado os PDFs de algumas matérias e passei a revisá-las apenas via questão e leitura de lei seca. Raramente relia os PDFs porque não sentia necessidade. Então, quando eu terminava uma disciplina por completo eu inseria mais uma ou duas no ciclo e me mantinha estudando as já finalizadas dessa forma, com questões e lei.

No começo da preparação eu estudava em torno de 5 horas por dia, mas ao longo do tempo, como fui inserindo mais disciplinas, chegava a estudar de 6 a 8h líquidas, sempre cronometradas para ter um controle maior.

A forma de estudar foi mudando muito ao longo do tempo, fui me adaptando, adaptando meu método para uma forma que achava que funcionava para mim, então meu plano de estudos estava constantemente sendo alterado em relação ao que eu via que estava ou não funcionando. 

EC: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

ALT: Inicialmente tive dificuldade com Português, Matemática e Contabilidade. A Contabilidade eu desisti, porque mudei o foco. Matemática eu utilizei as videoaulas e fiz muitos exercícios e com o passar do tempo se tornou a matéria que eu mais gostava de estudar. Português foi por meio de exercícios, porque a teoria é muito chata e truncada, mas quando você põe em prática fica muito mais tranquilo. 

Nas disciplinas jurídicas, minha maior dificuldade foi com Direito Penal, porque foi uma matéria que nunca gostei, não tive uma boa base na faculdade e só peguei para estudar no pós-edital, então tive que correr com uma matéria que praticamente não tinha conhecimento. Confesso que eu foquei nas decorebas dessa matéria, lia os PDFs e escutava videoaulas para fixar melhor enquanto estava fazendo outra atividade (dirigindo ou na academia) porque não tinha muito o que fazer, precisava aprender de maneia rápida e eficaz. 

EC: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

ALT: A semana que antecedeu a prova foi o período que mais estudei em questão de horas líquidas em toda minha vida. Teve um dia que cheguei a fazer 11h20 (tenho tudo anotado). Tem gente que fala que funciona melhor descansando na semana anterior ao concurso, mas eu tenho uma memória de longo prazo ruim e uma memória de curto prazo muito boa, então sabia que era hora de ficar revisando todos aqueles pontos que não estavam claros na minha memória para ter tudo fresco na hora de fazer a prova.

Durante a minha preparação do pós-edital, eu fui fazendo fichas com anotações pontuais de coisas que eu errava muito em questões ou que eram decoreba de lei, como prazos, quóruns, procedimentos muito específicos, e nessa semana eu reli e produzi mais dessas fichas para reler no dia anterior à prova. Eu também assisti a muitas revisões dos professores do Estratégia, porque eles sempre falam alguns pontos importantes que é bom ficar atento. No dia anterior à prova eu vi a revisão de véspera do Estratégia e reli minhas fichas. 

EC: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

ALT: Eu sabia que minha aprovação dependia do sucesso da minha redação, e foi exatamente isso que me fez alcançar o primeiro lugar nesse concurso. Apesar de eu ter me saído bem na prova objetiva, houve notas maiores que a minha, mas como tirei total na redação, isso me fez sair na frente.

Eu pesquisei muitos professores de redação, assisti a vídeos no Youtube e comecei a entender o perfil da redação da FCC, uma banca mais filosófica, que gostava de um desenvolvimento mais profundo nesse quesito. Eu comecei a acompanhar as redes sociais do prof. Raphael Reis e decidi assinar o cursinho de redações do Estratégia que era ministrado por ele e que fornecia o serviço de correção individualizada das redações. 

Eu já sabia que a estrutura da redação em si era uma receita de bolo e que precisava de treino para dar certo. Então, além de assistir às aulas teóricas que ensinavam sobre a estrutura, sobre os principais temas e os filósofos e sociólogos que estudavam aqueles temas, eu fiz diversas redações, algumas com correção e outras sem, para adaptar ao formato exigido pela banca. Eu entendi que tinha que ter os conceitos chave dos filósofos na ponta da língua, então fiz algumas fichas com seus nomes, as principais ideias e os temas que eles se encaixavam. 

Quando abri a prova e li o tema da redação já fiquei super aliviada porque era algo que já tinha visto nas aulas, já havia feito uma redação com um tema parecido e, inclusive, foi a aposta de tema que o Rapha fez na revisão de véspera.

EC: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

ALT: Inicialmente cometi o erro de fazer mapas mentais, que me tomavam muito tempo e não funcionavam para mim. Fazer revisão de 7 dias ou de 1 mês também foi algo que considero um erro inicial, porque também me atrasavam muito e não eram coisas tão eficazes para mim. Percebi que era melhor ir passando a matéria, mesmo sem retê-la completamente e ir “aparando as arestas” por meio das questões.

Meus maiores acertos foram focar em questões como método de revisão e a leitura da lei seca. As fichas que fiz no final também foram essenciais para manter a memória fresca para a hora da prova. 

Fiz muitos simulados do Estratégia nos finais de semana, eu simulava realmente uma prova: ia para a biblioteca, desligava o celular, fazia toda a prova, a redação e inclusive passava gabarito. Isso ajudou a ter noção do meu tempo e ficar menos nervosa na hora da prova em si. 

As aulas e o treino da redação foram, sem dúvidas, meus maiores trunfos, foi isso que me fez passar em primeiro lugar.

EC: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?

ALT: O mais difícil era ver minhas amigas e o pessoal que formou comigo “evoluindo” na vida e me sentir estagnada. A maioria das pessoas que eu conheço estava ganhando seu próprio dinheiro, curtindo a liberdade da vida pós formado, fazendo viagens, e eu estava sendo bancada pelos meus pais, então não tinha nem condições financeiras e nem tempo livre para fazer as coisas que eu queria.

Também era muito difícil não ter contato com ninguém nos dias de semana. Quando você trabalha você tem contato com pessoas, nem que seja na hora do cafézinho ou em um happy hour. Os meus dias se resumiam em acordar e dormir com o mesmo pijama, só trocava de roupa e via pessoas na hora de ir para a academia, então isso também pesou muito.

Várias oportunidades de trabalhar em escritório apareceram, mas eu fiz um plano de estudar um ano inteiro sem trabalhar e em 2020 entraria em um escritório e tentaria conciliar trabalho com os estudos, porque considero que já teria uma boa “bagagem” e não precisaria mais estudar tantas horas por dia igual estava estudando antes.

EC: Qual foi sua principal motivação? 

ALT: Foram várias. A maior motivação de todas sempre foi pensar que aquilo era a única cosia que eu estava fazendo no momento e só me mantendo focada eu alcançaria tudo o que eu desejava para o futuro.  Também via muita gente frustrada e ganhando mal em escritório, então pensava: mesmo que eu esteja abdicando de muita coisa agora, isso vai durar pouco tempo. Em breve eu vou estar no lugar que eu sonho em estar, com um bom salário e com uma vida estável.

EC: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

ALT: Eu reconheço que foram diversos fatores que me proporcionaram essa aprovação em tão pouco tempo e que talvez encurtaram minha caminhada, fatores esses que uma pequena parte da população pode contar. Eu tive a oportunidade de fazer uma faculdade, de ter acesso à informação, de ter uma estrutura familiar que me proporcionou todo apoio – emocional e financeiro – para ficar um ano sem trabalhar, eu tive acesso a bons materiais e milhões de outros privilégios que me fizeram passar em primeiro lugar com menos de um ano de preparação. 

Também tive um pouco de sorte por não ter tido nenhum grande contratempo nesse meio tempo, de ter mudado meu foco (de concurso fiscal para concurso de tribunal) na hora certa e de ter estudado a maioria das coisas que caíram na prova em que fui aprovada.

Mas acredito também que se eu contasse apenas com privilégio e sorte, não teria sido aprovada. Eu mergulhei de cabeça no meu desafio, eu pesquisei muito sobre métodos de estudo (creio que seja a principal chave para uma aprovação em concurso público), tive muita disciplina, muita dedicação, usei todo o meu tempo e todas as minhas forças para estudar a maior quantidade de tempo possível com a maior qualidade possível. O interessante é que notei que quanto menos tempo eu tinha disponível no meu dia para estudar (por exemplo, nos dias que eu precisava ir na faculdade de Ciências do Estado), menos eu procrastinava e eu utilizava o tempo muito melhor do que quando tinha o dia inteiro disponível.

Com o tempo você vai entendendo que estudar para concurso é a receita de um bolo, e se você seguir com afinco, pode ser que demore mais ou menos tempo, pode ser que tenha mais ou menos dificuldades, mas se ela for seguida à risca, uma hora esse bolo fica pronto. Eu não quero de forma alguma transformar minha aprovação em um discurso de meritocracia, mas quero dizer que se esse é seu sonho, você deve persistir, porque ele mais dia ou menos dia vai chegar para você.

Hoje em dia a internet está recheada de informações sobre concursos. Você tem canais no Youtube, blogs, contas no Instagram, grupos de Whatsapp, há diversas formas de se inteirar e se organizar para fazer uma rotina de estudos que se encaixa na sua realidade. Não precisa ser gênio, eu nunca fui nenhuma aluna acima da média, mas eu sempre fui uma pessoa dedicada e organizada. Acho que essas são as palavras de ordem: informação, método, dedicação e organização; assim você chega lá.

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