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Autossabotagem: é o seu caso?

Convido vocês a fazerem uma sincera autoanálise diante da pergunta: são realmente as circunstâncias que te impedem ou é você mesmo que se limita?

Gabriela Knoblauch
Publicado em 30/01/2018, às 14h22

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Quero conversar com vocês hoje sobre um tema que normalmente é varrido para debaixo do tapete, mas que é a causa de muitas (mas muitas mesmo) reprovações: a autossabotagem.
Pode parecer incompreensível para alguns, mas creio que muitos que me leem sabem do que eu estou falando. O candidato cria a própria dificuldade de estudar e aprender. Assim, convido vocês a fazerem uma sincera autoanálise diante da pergunta: são realmente as circunstâncias que te impedem ou é você mesmo que se limita?
Para guiar a reflexão, listo um conjunto de possíveis fatores que levam a esse perigoso processo:
1. Crer não ser merecedor;2. Medo de mudanças (mesmo que elas sejam boas);3. Indecisão. No fundo, você quer seguir outro caminho na vida, mas as vantagens do serviço público são tentadoras. Por isso, você se esforça pela metade;4. Você está fazendo concursos porque pessoas queridas afirmam que isso será o melhor para sua vida. Já você não tem tanta certeza.5. Não aceitação do grau de esforço necessário para passar. Você quer a vaga, mas não quer se sacrificar por ela. Você então estuda pouco na esperança de que um milagre aconteça.6. Vergonha de tentar e falhar. Para eximir-se da responsabilidade sobre as próprias limitações e insucessos, não se esforça. Assim, a culpa recai sobre as circunstâncias.
O item 6 é o que mais vejo no mundo dos concursos.
Tendemos a achar “menos feio” reprovar se não nos preparamos bem para a prova. Daí você nunca saberá se é ou não capaz suficiente para passar no concurso. Você não quer saber a resposta para essa indagação. Isso porque, lá no fundo, suspeita que não seja mesmo capaz ou inteligente.
Não estudar para seu concurso adia o embate você X você. A verdade é que você teme o desfecho! Quando a prova está longe, você até estuda com afinco. O problema é que um mistério surge quando o edital é publicado: Você entra em um loop infinito de desculpas para não estudar: Eu estudaria se... não tivesse filhos pequenos... eu tivesse empregada para me ajudar com os afazeres domésticos... meu chefe não fosse tão exigente... eu fosse mais jovem e com mais energia... eu fosse mais velho e não gostasse tanto das baladas... minha família me apoiasse... meu companheiro (a) fosse mais compreensivo(a) com meus horários... meus amigos não cobrassem tanto a minha presença... a cerveja fosse menos refrescante e o churrasco menos suculento... meu dedinho mindinho não estivesse doendo…
Independente de qual seja o seu caso, dedique-se a livrar-se dos velhos padrões e condicionamentos que impedem seu crescimento e sucesso. 
Mude de discurso e repita o novo diálogo interno incessantemente! Sugestione corretamente seu subconsciente (é ele que te dá aquele monte de rasteiras nos estudos). Você vai sentir que está mentindo no começo. Isso não é problema. É só um desconforto inicial natural de quebra de padrão mental. Diga que é disciplinado, organizado, capaz, calmo, concentrado, bem disposto, sortudo, inteligente. Diga mil vezes por dia! Em voz alta ou mentalmente.
Não interessa se você não está acreditando. Creia em mim. Com o tempo, você vai acreditar sim! Uma mentira dita mil vezes se torna verdade. Eu já usei e uso isso em mim. Funciona demais! Não é bruxaria! Nem motivação oca! É pura psicologia!
Eu confio tanto nisso que te desafio a fazer e me contar os resultados. Faça isso por pelo menos duas semanas. Depois observe como se sente.
Gabriela Knoblauch é analista de comunicação na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, coach para concursos desde 2013 e professora no Estratégia Concursos
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