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Emprego dos artigos em concursos públicos

Artigo é palavra variável, colocada antes do substantivo para indicar gênero e número. Aprenda a aplicá-los da maneira correta e conquiste sua aprovação em um concurso público em 2016!

Sandra Ceraldi
Publicado em 30/12/2015, às 12h11

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Artigo é palavra variável, colocada antes do substantivo para indicar gênero e número. Apresenta classificação: definidos (o, a, os, as) e indefinidos (um, uma, uns, umas). Os definidos determinam os substantivos de modo preciso e particular. Já os indefinidos determinam os substantivos num aspecto vago, impreciso e geral. Quando se diz "um livro", menciona-se qualquer livro.
Existem combinações dos artigos definidos com as preposições a, de, em, por, que resultam, respectivamente, em: ao, do, no, pelo, à, da, na, pela, aos, dos, nos, pelos e às, das, nas, pelas. A combinação dos artigos indefinidos com a preposição em, e mais raramente a preposição de, resulta em: num, dum, numa, duma, nuns, duns, numas, dumas. O artigo transforma palavras de qualquer classe gramatical em substantivo. Ex.: Quero saber o porquê. Também estabelece sua determinação ou indeterminação. Ex.: Conversei com o candidato hoje. Conversei com um candidato hoje.
No primeiro caso, fala-se de um candidato em particular. No segundo, de qualquer um. Os artigos também têm por função distinguir os homônimos e define seus significados. Ex.: O lotação (veículo), A lotação (capacidade máxima).
Quanto ao emprego, o artigo definido pode ou não acompanhar nomes próprios geográficos. Alguns repelem o artigo (Portugal, Roma, Atenas, Curitiba, São Paulo). Já outros o aceitam (a bela Portugal, a Atenas de Péricles). Há ainda aqueles que exigem o artigo (A Bahia, o Rio de Janeiro, as Ilhas Canárias). Alguns poucos se usam, indiferentemente, com o artigo ou sem ele (Recife ou o Recife, Aracaju ou a Aracaju). Nomes próprios de pessoas são determinados pelo artigo quando usados no plural (Os Maias). Posto antes dos nomes de pessoas, o artigo denota intimidade e familiaridade (A Maria dorme bem). O uso do artigo é facultativo diante de pronomes possessivos (Foi rápida a sua entrevista / sua entrevista). 
O artigo definido será omitido antes dos pronomes de tratamento (Equivocou-se Vossa Senhoria, disse o rapaz). Depois do pronome cujo e o substantivo imediato (O autor cuja obra conheço faleceu). Diante dos superlativos relativos (Ela é a mais inteligente da sala). Caso haja um substantivo, será empregado apenas uma vez, antes do substantivo (Ela é a aluna mais inteligente da sala). Nos provérbios e máximas (Tempo é dinheiro). Antes de substantivos usados de uma maneira geral (Especialistas afirmam que mulher fica mais gripada que homem). Diante da palavra casa, quando designa residência, lar próprio, moradia (Ficou em casa/ Fui para casa), entretanto, se a palavra casa vier acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva, deve ser anteposto, ordinariamente, o artigo (Irei à casa de meus avôs).
O artigo indefinido transmite ao substantivo grande força expressiva, apesar de sua ideia vaga e imprecisa (Estou com uma sede), antepõe-se ao numeral quando não se pode precisá-lo (Ele se casou faz uns 10 anos), antes de nomes próprios para acentuar a semelhança de alguém com um personagem célebre. Nesse caso, o nome próprio passa a ser comum (Revelou-se um Pavarotti, um grande cantor).
Feliz 2016!
Sandra Ceraldi Carrasco é consultora, especialista em língua portuguesa e autora de livros e periódicos na área. Há mais de 20 anos ministra cursos e palestras com índice recorde de aprovação. Seu mais recente trabalho aborda de forma prática o Acordo Ortográfico. Atualmente é docente da Academia de Polícia de São Paulo e professora universitária. Contato: professora.sandracarrasco@uol.com.br.
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